segunda-feira, 4 de abril de 2011

Aspectos Racionais da Paixão


Em virtude do texto escrito por mim acerca da paixão, recebi alguns questionamentos sobre como identificar se uma paixão poderá dar certo ou não?

Penso que em matemática tudo pode ser resolvido, inclusive uma questão tão irracional como a paixão, por este motivo, utilizando-me da PROBABILIDADE, gostaria de esclarecer: Que um fator de extrema importância para que um relacionamento perdure é a compatibilidade entre os seres, ou seja, nem sempre os opostos se atraem. Os opostos se atraem, porém só permanecem juntos pela lei da afinidade. O conjunto aparentemente discrepante deve ser regido por certa harmonia, ou seja, o casal deve estar no mesmo nível caso contrário um descartará o outro quando a paixão acabar por achá-lo aquém das suas expectativas.

Aspectos a serem analisados:

1 – FINANCEIRO: no que tange a situação econômica, se o casal estiver em polos muito distantes (um tem muito dinheiro e o outro nem tanto), no futuro isso pode ocasionar situações desagradáveis, quando o que tem mais dinheiro começar a sentir e/ou demonstrar que o outro é um peso, assim como este sentir-se inferiorizado pela limitação em seu poder aquisitivo diante do poder do parceiro.

2 – GENE DOMINANTE OU RECESSIVO: não tem como escapar disso, em todo relacionamento existe aquele que dá as cartas, então, se você é dominante só dará certo se relacionar-se com alguém que aprecie a dominação. E isso vale tanto na hora de decidir pelo cardápio do jantar como após o jantar.

3 – FENÓTIPO: Você deve estar convencido de que o(a) seu(sua) parceiro(a) é lindo(a), eu disse lindo e não “bonitinho”, “dá pro gasto”, “um banho de loja e tudo resolvido”, o seu parceiro tem que ser lindo de qualquer maneira, mesmo suado, quando acaba de acordar, mal vestido ou sem roupa, com olheiras, mal humorado... enfim, imagine todas as situações em que ele(a) ficaria feio(a), se mesmo assim ele continuar deslumbrante, ótimo. Porém, a questão não se resolve por aqui, será que você está a altura da beleza do(a) seu (sua) parceiro(a), porque se você não for lindo(a) para ele(a) em todas as situações acima descritas, ai você é que será descartado no futuro, quando ele encontrar alguém mais atraente. Não estou dizendo aqui que pessoas bonitas devem se relacionar com pessoas bonitas, a beleza é uma questão pessoal.

4 – NÍVEL INTELECTUAL: Aqui é mesma questão do financeiro, uma pessoa muito inteligente não vai conseguir se relacionar por tempo além da paixão com uma pessoa “cabeça oca”, ou melhor, elas devem gostar de pelo menos alguns assuntos em comum, caso contrário pode rolar a questão de um se sentir inferiorizado ou o outro sentir-se envergonhado por andar com uma pessoa que nunca entende nada do que ele e seus amigos falam.

5 – O QUE CADA UM ESPERA DO RELACIONAMENTO: É bom saber isso desde o princípio para depois não acontecer as chamadas desilusões, pois se você quer relacionamento sério e o outro só curtição, não vai dar certo. Se você detectou que alguma desarmonia em algum destes cinco itens, há grande probabilidade do relacionamento acabar quando passar o efeito da dopamina.


Se você está convencido(a) de que não vai dar certo e mesmo assim não se sentir forte o suficiente para fugir desta paixão avassaladora, reforce a ideia em cima dos defeitos dele(a), nas suas falhas de caráter, talvez isso o ajude a destruir a idealização que você criou, estando ciente de que se você insistir neste erro corre o risco de ser descartado o de ter que aturar choro e ranger de dentes, visto que, a paixão (cientificamente comprovado) tem prazo de validade. Caso precise de um consolo vale dizer que a dor é a mesma, tanto em se cortar o mal pela raiz quanto se podar galho a galho. Particularmente não sou a favor de doses homeopáticas.

A probabilidade, apesar de ser estudada dentro das ciências exatas, não é um instrumento preciso (exato), tão somente uma probabilidade, por isso, nada aqui deve ser interpretado como certo e acabado, sempre existem exceções, ainda que seja mais fácil você ganhar na loteria que a matemática errar.

OBS: A probabilidade do relacionamento não dar certo é diretamente proporcional a quantidade de itens desarmônicos.

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