terça-feira, 3 de maio de 2011

Mãe

Gostaria de dedicar este poema a minha mãe, minha Raimundona (ela não gosta que ninguém a chame assim, isto é exceção minha), também a dona Ana Maria (mãe de Ana - pássaro da asa quebrada) uma pessoa muito querida que conheci a pouco tempo e de quem eu furtei alguns versos interessantes. E como mãe é sempre igual, sintam-se a vontade para presentear também as vossas mães com este poema recém nascido.

Um grande beijo a todos e um feliz dia das mães, junto das vossas mães que ainda estão neste plano e de coração para aqueles que esperam o reencontro no plano espiritual.


Lá vens tu de novo
Com essa história
De que ando pele e osso,
Pois ainda que eu beirasse
Os cento e cinquenta quilos
Ainda ai verias
A minha desnutrição,
A falta da tua comida.
Lá vens tu de novo
Com essa história
De que não paro mais em casa,
Que só chego de madrugada -
Quando chego -
E saio antes do dia raiar.
Isto agora, não nego...
Sou aquele pássaro
Que criaste em cativeiro
Ante beijos e afagos,
Mas que aprendeu a voar.
O pássaro que sempre volta
Cabisbaixo, asa quebrada,
Para você consertar...
E você sempre me ajeita
De bom grado,
Faz para mim o melhor prato
Taca a mão na minha testa
Pra testar se estou febril.
Não se engane
Que isto é tolice.
Eu sempre voltarei
Para detrás da tua saia
Quando o negócio apertar.
Das volta curtas ou estendidas,
Não se engane,
Isto é tolice,
Eu sempre vou voltar,
Pois sou tua cria,
Sou tua filha
E se eu nunca te disse, Mãe,
Que Tu és mais que a minha vida
Não se engane
Que maior que esta verdade
Só tem uma
A de que nunca vou te deixar.

Um comentário:

  1. Amei! Que forma linda de homenagear nossas mães. Imagino a felicidade da tua ao notar e brilhante filha que tem. Beijos...
    Ass: pássaro de asa quebrada...

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